Em maio de 2021, a Forbes publicou um artigo de Tyler Lessard, vice-presidente de marketing da Vidyard e membro do Forbes Communications Council, a respeito de uma pauta que vem atraindo um número cada vez maior de profissionais de marketing digital: como aproveitar o conteúdo audiovisual.
Assim como Lessard, vários especialistas em marketing de conteúdo acreditam que, quando o assunto é o inbound marketing, o blog tradicional escrito já não dá mais conta do recado sozinho. Sabemos que, na última década, muitos profissionais de comunicação digital construíram seus planos de comunicação em torno de textos longos para blog. Mas muita coisa mudou desde 2011.
👉 Isso não significa que o blog está morto. Entretanto, o conteúdo longo escrito não é mais a bola da vez, e as expectativas do público mudaram significativamente. Já que mais pessoas agora estão ouvindo podcasts e assistindo a vídeos (com destaque para o conteúdo de vídeo de formato curto), as marcas devem descobrir como integrar esses novos formatos em seus planos de marketing. Para isso, é preciso ter uma abordagem focada em mídias para suas estratégias de inbound marketing e de conteúdo.
Segundo Lessard, essa não é apenas uma questão de acompanhar a concorrência, mas sim de viabilidade estratégica:
“Como vice-presidente de marketing de uma empresa que oferece ferramentas de vídeo para equipes de vendas e marketing, descobri que os clientes estão cada vez mais se voltando para vídeo, áudio e conteúdo de formato curto como uma forma de explorar novos tópicos e ideias. O fenômeno é especialmente aparente em pesquisas online, onde o Google agora apresenta vídeos nos resultados de algumas consultas de pesquisa“, disse o autor.
Tyler Lessard diz entender perfeitamente o fato de uma mudança para formatos totalmente novos parecer assustadora, mas encoraja essa postura:
“Tanta coisa já está mudando no mundo dos negócios, e agora espera-se que você se torne um produtor de mídia? O ponto principal a ser lembrado é que, em minha experiência, as leis de oferta e demanda de rich media estão tornando muito mais fácil a sua adoção pelas empresas“.
E Lessard traz uma boa notícia: na atualidade, o valor do conteúdo geralmente supera o valor da sua produção. 🎯
No final das contas, tudo se resume à capacidade de atender duas demandas centrais:
👉 Não esqueça que, na atualidade, qualquer pessoa pode criar conteúdo de vídeo, stories em redes sociais e até podcasts a um custo razoável.
Lessard brinca com as pessoas que estão inseguras para se aventurar como produtoras de conteúdo audiovisual, dizendo que ninguém precisa ser o novo Alfred Hitchcock ou Joe Rogan (um dos mais importantes cineastas da história e um dos maiores youtubers/podcasters da atualidade, respectivamente).
Segundo Lessard, a prática e a experimentação acabam por integrar essas habilidades à sua rotina, tornando-as naturais com o tempo. E salienta que, assim como em um blog escrito, o melhor conteúdo vem de quem entende as necessidades de seu público e sabe como elaborar uma narrativa que desperte o interesse, ofereça valor e deixe seu público ansioso por mais.
O que é considerado “bom o suficiente” em relação à rich media mudou ao longo do tempo. Para Lessard, a audiência não espera ou prefere necessariamente um conteúdo altamente produzido.
Muitas vezes, as peças produzidas de forma simples parecem mais genuínas e autênticas – e, portanto, mais valiosas e confiáveis para o público. Isso é uma excelente notícia para os profissionais de marketing, uma vez que não são obrigados a gastar rios de dinheiro para produzir conteúdo realmente eficaz.
O vídeo geralmente é o tipo de mídia com o qual os profissionais de marketing mais enfrentam dificuldades, pois ele incorpora todos os aspectos de roteiro, narrativa, qualidade da atuação na tela, recursos visuais e áudio.
Quando perguntado sobre quando e onde implantar o vídeo em estratégias de comunicação, Lessard aconselha as pessoas a refazer a pergunta através do prisma dos Quatro Es do vídeo:
▶ Educação – você pode usar o vídeo para ajudar a educar as pessoas, demonstrando sua mensagem com visuais claros, para que possam compreender mais facilmente o que está sendo apresentado. Isso é especialmente útil quando se trata de explicar tópicos complexos.
▶ Emoção – se você está tentando cultivar uma conexão com seu público, precisa criar algo que ressoe em um nível emocional. Você pode criar vídeos que os façam sentir mais conectados à sua marca e à sua mensagem, para fazê-los rir ou inspirá-los.
▶ Engajamento – é muito difícil conquistar verdadeiramente a atenção do seu público por meio de estudos de caso e artigos escritos. Por outro lado, você pode usar o vídeo para apresentar uma narrativa mais criativa e atrair o público para a sua mensagem, de forma a cativá-lo e deixá-lo querendo mais.
▶ Empatia – o vídeo pode ajudá-lo a estabelecer conexões humanas reais. Você consegue gerar empatia colocando seu próprio pessoal na frente das câmeras e fazendo com que se comuniquem com seu público como colegas que genuinamente entendem seus problemas e que podem trabalhar com eles para encontrar soluções.
Quando se trata de adotar novos formatos, não seja seu pior inimigo. É muito comum empresas iniciarem uma série de podcast e abandonarem a ideia após poucos episódios. O mesmo vale para vídeos. As equipes de conteúdo às vezes hesitam em aprender um novo conjunto de habilidades. É muito importante desenvolver uma cadência, e é fundamental fazer isso acontecer por meio dos talentos internos.
💡 Não procure fazer mais: procure fazer as coisas de maneira diferente. Em vez de escrever oito postagens de blog por mês, que tal escrever quatro e produzir alguns vídeos junto com um infográfico interativo? Escolher um número menor de tópicos e trazê-los à vida de diferentes maneiras e formatos pode ser muito mais valioso para o seu público.
O papel do conteúdo é atrair pessoas e conectar-se ativamente com elas durante toda a jornada de compra – incluindo a educação, o engajamento e, por fim, a conversão em clientes.
Mas seus clientes agora vivem em um mundo sob demanda e o mais afastado possível de atritos com marcas, onde a função do conteúdo deve ser mais ampla e profunda, para permitir que eles aprendam em seu próprio tempo e por meio de suas plataformas de escolha.
Você pode tentar preencher as lacunas com conteúdo escrito, mas isso só vai até certo ponto. Vídeo, áudio e conteúdos curtos para redes sociais podem oferecer maneiras poderosas de contar histórias que irão realmente conectar seu público e prender sua preciosa (e disputada) atenção.
E você pode não chegar lá se ainda estiver preso nos limites do blog estático. 😒
___________
O que você achou das dicas de Tyler Lessard? Você as considera aplicáveis para a realidade do seu negócio? Diga o que você pensa sobre a importância do conteúdo audiovisual nos comentários!
Aqui na K2. nós reconhecemos a retração nos hábitos de consumo de conteúdo textual por parte do público. Mas, assim como Lessard, estamos longe de pensar que os blogs não funcionam mais. Uma prova disso é o fato de que você está absorvendo essas informações aqui, no blog da K2. 🙂
O que acontece hoje é a obrigatoriedade da sinergia e da complementaridade entre os diferentes formatos de conteúdos em uma estratégia de comunicação.
O texto escrito é super eficaz para o aprofundamento em um determinado assunto, mas, se você deseja que ele seja consumido por um grande número de pessoas, é desejável que você o fragmente em partes menores e, de preferência, no formato audiovisual. Você pode inclusive linkar os vídeos e áudios menores ao texto no blog, para quem quer ter a experiência completa.
Mas o fato que está acima do debate é: o conteúdo audiovisual é formato de preferência da maioria das pessoas.
Sendo assim, em vista dessa certeza, você ainda acha que o seu negócio deve ignorar esse formato? 🤔