Pequisa sobre o e-commerce no Brasil aponta que a experiência de compra on-line é ruim, mas, mesmo assim, o segmento mostra potencial gigantesco de crescimento.
O E-Commerce Quality Index (EQI), estudo que avalia a qualidade do e-commerce de acordo com a perspectiva do consumidor, realizou uma pesquisa com 2.178 pessoas entre os dias 27/02 e 08/03/19 para compreender o que é mais importante em uma página de produto – local onde os consumidores tomam a decisão final de ir para o carrinho de compras ou não.
O estudo foi realizado pela Lett Digital, em parceria com a Opinion Box, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e ComSchool.
O EQI 2019 – segunda edição do estudo – analisou plataformas do Brasil, Estados Unidos, Chile, México, Argentina, Colômbia e Peru, abrangendo 118 sites e mais de 5 milhões de páginas de produtos. Dentre os sites, 78 são brasileiros, o que representa 70% do faturamento do e-commerce no país – Americanas, Casas Bahia, Extra Marketplace, Magazine Luiza, Amazon, Walmart e Adidas, entre outros.
A pesquisa apontou que a nota de qualidade do e-commerce brasileiro é 40, em uma escala de 0 a 100. O mínimo aceitável pelo EQI é 60, sendo que menos de 1% dos produtos superou essa marca. Portanto, o resultado mostra que a experiência de compra on-line no Brasil é ruim. Mesmo assim, dentre os 7 países avaliados, ocupamos o 2º lugar, atrás somente dos Estados Unidos.
O EQI avalia 5 critérios presentes nas páginas de produto dos e-commerces estudados. Os peso dos atributos foram classificados de acordo com a sua relevância perante os consumidores, e estão representados na seguinte ordem (do primeiro ao quinto lugar):
Para o consumidor, o rating (avaliações dos produtos) tem maior relevância do que a descrição, reviews, imagens e buscas. Portanto, esse é o fator com maior peso no EQI.
Para cada um desses critérios, o EQI definiu os cenários aceitável e ideal:
De acordo com os números da 39ª Webshoppers, a baixa pontuação no EQI não condiz com o tamanho do mercado on-line:
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Os números do estudo mostram que os principais gargalos do e-commerce no Brasil são avaliações (rating), comentários (review) e descrição dos produtos.
Veja abaixo os principais desafios a serem enfrentados para que a experiência do usuário em contato com nossos e-commerces seja aprimorada.
95% dos consumidores leem reviews antes de comprarem, pois realmente acreditam na opinião de outras pessoas, sendo que mais de 40% dos visitantes já desistiram de comprar on-line após ver comentários negativos.
No e-commerce, a decisão final está nas mãos do consumidor, uma vez que não há a presença do vendedor com elemento influenciador do processo. Por isso, a informação sobre os produtos e serviços exerce papel crucial para a tomada de decisões.
O conceito de omnichannel diz que as vendas on-line e as vendas físicas não devem ser concorrentes, e sim complementares. Por isso, omnichannel é uma estratégia do varejo que integra lojas físicas, e-commerces e consumidores, com a intenção de proporcionar a mesma experiência para o usuário, independentemente do ponto de contato entre ele a marca.
Alguns gigantes do comércio virtual brasileiro parecem ter aprendido a lição. Uma pesquisa realizada pela ABComm e Ebit/Nielsen apontou que empresas tradicionais do varejo presencial como Magazine Luiza, Casas Bahia e Walmart vendem mais na internet do que marcas que já nasceram virtuais, como Submarino, Netshoes e Privalia.
>>> O novo marketing e a sinergia entre as práticas on-line e off-line.
Você já desistiu de comprar pela internet por não se sentir seguro com as poucas informações fornecidas sobre um produto ou serviço? Esse é um dos principais motivos de abandono de carrinho (que, somente em 2017, esteve acima de 80%).
Para aumentar a confiabilidade na hora da compra, é fundamental focar nas seguintes otimizações:
O maior EQI alcançado foi do segmento ELETRO (informática, eletrônicos e eletrodomésticos): 48.
Já o pior foi dos PRODUTOS DE ALTO GIRO (produtos de supermercado como alimentos, bebidas, limpeza e produtos pet): 33,8.
Insights:
Curiosidades:
Em um universo de 78 e-commerces brasileiros avaliados pelo EQI 2019, apenas 3 deles obtiveram uma nota acima de 60 (ponto de corte que representa o valor mínimo aceitável para indicar que uma experiência de compra foi boa). Isso representa apenas 4% dos sites considerados na pesquisa.
Dizendo o mesmo, mas de outra forma: 96% dos e-commerces brasileiros não proporcionam boas experiências de compras para os visitantes.
A reflexão sobre os números apresentados neste artigo pode ser traduzida em duas palavras: evolução e oportunidade.
Mesmo apresentando avaliações baixas em quesitos cruciais para a venda on-line – a exemplo dos poucos reviews por parte dos usuários e da falta de informações nas páginas dos produtos -, o potencial de expansão do mercado virtual brasileiro é bastante promissor. Basta lembrar dos impressionantes R$ 53,2 bilhões faturados em 2018 (alta de 12% em relação a 2017) e dos 58 milhões de consumidores que fizeram pelo menos uma compra on-line no ano passado, conforme citado no capítulo Oportunidades do e-commerce no Brasil.
É preciso sempre ter em mente que os consumidores estão cada vez mais exigentes e esperam nada menos do que experiências incríveis ao comprarem na internet. A competitividade apresentada por praticamente todos os segmentos de mercado fazem da fidelização uma arte cada vez mais complexa e requintada.
Em vista das análises apresentadas, como você acha que está a sua loja virtual? Os produtos ou serviços estão apresentados com a profundidade de informações necessária para superar as expectativas de quem os procura? As páginas de produtos estão recebendo reviews positivos?
Você pode obter uma avaliação completa gratuita do seu e-commerce. A equipe da K2. irá detectar eventuais pontos a serem otimizados, para que você evite os abandonos de carrinhos de compras. O diagnóstico é sem compromisso e não custa nada.
Você pode acessar o E-Commerce Quality Index 2019 aqui.