TV e streaming: um futuro de conteúdo 100 porcento vídeo?

A relação entre TV e streaming foi abordada em um texto publicado no site netimperative, o qual traz os resultados de uma recente pesquisa que serve de referência de dados sobre o comportamento da mídia televisiva na Europa.

Longe de ser uma forma de mídia em processo de morte, a TV está prosperando – mas, paralelamente, o conteúdo digital on-line está se tornando o foco principal para anunciantes, de acordo com uma nova pesquisa.

A maior rede de mídia da Europa, a RTL, lançou recentemente o seu mais atual Total Video Key Facts, o principal anuário de televisão e a base interativa de dados sobre as tendências da TV global.

Alguns insights fundamentais:

• Globalmente, as taxas de consumo de TV “linear” (em tempo real) estão estáveis, com cerca de 3 horas de visualização diária em todo o mundo, variando de 4 horas e 14 minutos (América do Norte) a 3 horas e 54 minutos na Europa (3 horas e 32 minutos no Reino Unido) e caindo para 2 horas e 29 minutos na Ásia.

• O gasto de publicidade digital na Europa aumentou 2% no total (€ 37 bilhões em 2016). Mas o maior crescimento foi on-line: 21% (€ 3 bilhões).

• O celular é a plataforma-chave para o consumo de conteúdo visual on-line em toda a Europa, com o tempo total gasto diariamente de uma hora e quatro minutos em 2016 (51 minutos a mais que em 2012).

A 24ª edição do Total Video Key Facts também detalhou as tendências de programação e os desafios para as marcas em termos de medição de audiência (especialmente medição de tela múltipla, fraude de anúncios digitais e segurança de marcas).

O anuário também trouxe orientações sobre o impacto da proteção de dados e da privacidade eletrônica para anunciantes, além do progresso do setor em direção à TV de banda larga de transmissão híbrida (HbbTV), e também informações sobre a “próxima fronteira”: como as Realidades Aumentada e Virtual estão começando a entrar no radar tanto de criadores de conteúdo como de emissoras.

As chaves para o conteúdo 100% vídeo (Total Video)

A pesquisa apresentada no Total Video Key Facts, da RTL AdConnect, traz relatos da mídia sobre as próximas tendências no setor, fornecendo fatos, números, insights e soluções sobre o conceito de conteúdo 100% vídeo (Total Video).

Esta pesquisa fornece chaves para navegar no complexo ambiente da mídia, com foco no mais recente status global em relação à audiência, mensuração, tecnologia de anúncios, ROI (Return On Investment), fraudes de anúncios e segurança da marcas.

As principais descobertas do relatório da pesquisa estão listadas abaixo na íntegra.

Tendências do público. Total Video: o conjunto vencedor

A TV linear ainda está no topo, com 4h07 diárias entre os adultos europeus (aumento de 39 minutos em 20 anos). Em todo o mundo, o consumo de TV linear está estável, com o tempo de visualização diário de 3 horas em média. O alcance diário da TV está muito acima de todos os outros meios, e ainda está aumentando. Na maioria dos países europeus, ele varia entre 70% e 80%.

Enquanto o tempo de exibição de TV ao vivo é estável, o consumo de ATAWAD (anytime, anywhere, anydevice – a qualquer hora, em qualquer lugar, de qualquer dispositivo) nunca foi tão alto – graças ao celular, que mantém o consumo de vídeo digital. A penetração de novas tecnologias na União Europeia, como banda larga de alta velocidade e dispositivos móveis, está aumentando rapidamente, afetando muito o ecossistema de mídia e introduzindo novos comportamentos de consumo.

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Como resultado, o tempo total gasto assistindo o vídeo on-line atingiu 39 minutos em todo o mundo. Em 2017, foram contabilizados 900 milhões de smartphones habilitados para 4G, fato que aumentou o consumo de vídeo on-line.

O vídeo é a mídia número 1 em investimentos na Europa, com crescimento de dois dígitos do vídeo on-line, e um gasto de publicidade atingindo 37 bilhões de dólares (entre os quais 34 bilhões provenientes da TV).

Os gêneros de programas favoritos diferem na Europa, mas as três principais categorias são notícias, esportes e séries locais.

No lado da produção de conteúdo, emergem quatro tendências: proximidade e autenticidade através de séries históricas e documentários; lembrança do que é uma reunião significativa com familiares e entes queridos; desenvolvimento da imaginação brincando com espaço e tempo e chamada para aventura com reality shows.

Tendências de insight. Desafios de audiências.

Os principais problemas de qualidade resultantes do nosso sempre complexo ecossistema de mídia são: visibilidade, fraudes de anúncios e a segurança de marcas desafiando emissoras a investir e desenvolver ferramentas.

Além disso, medir o público on-line de conteúdos de TV nunca foi tão importante para as emissoras. Enquanto que na maioria dos países a medição da audiência da TV já inclui visualizações on-line nas plataformas de VOD (video on demand) das emissoras, esta medição não inclui dispositivos móveis, os quais atualmente detêm os maiores aumentos no uso de vídeo on-line.

Hoje, o desafio é obter números comparáveis de público entre as telas. A medição da audiência de TVs de telas múltiplas tornou-se acessível ao mercado em 2016 em alguns países (por exemplo, Holanda e França) e vários outros já estão disponíveis para 2017 ou 2018, começando com a Dinamarca, os EUA, a Suécia e Cingapura.

Tendências de soluções. As melhores inovações.

A nova edição do Total Video Key Facts analisa o futuro do Total Video: as experiências conectadas e imersivas. Eles se tornarão realidade em breve e farão parte de nossas vidas diárias. Quer se trate do aparelho de televisão conectado e endereçável (40% de todas as famílias já estão recebendo anúncios endereçáveis de TV na Alemanha), da capacidade de medir melhor o impacto de tela cruzada na TV, da maneira como os anunciantes imergirão com o conteúdo de Total Video ou, finalmente, da Realidade Aumentada e Virtual.

Para além da tecnologia, a inovação também pode ser encontrada observando o verdadeiro núcleo do Total Video: o conteúdo. Vemos mais e mais inovações de anunciantes tentando realmente mergulhar nos conteúdos de marcas e usá-los não só na televisão, mas também no ponto de venda e on-line.

O estudo completo pode ser acessado aqui.