Um novo relatório da Openwave Mobility revelou que 38% de todo o tráfego de vídeo mobile ao redor do mundo é ocupado pelo streaming de vídeo HD, fato que está excedendo as expectativas das operadoras, levando-as a pressionar os governos a decretar o fim da neutralidade de rede (a exemplo dos EUA) e outras alterações legais e tributárias.
À medida que os consumidores se voltam cada vez mais aos seus celulares para acessar o conteúdo de vídeo OTT (Over The Top – alcança o público de forma direta, via internet, sem a presença de intermediários como as empresas de telecomunicações, por exemplo), a crescente disponibilidade de conteúdo com alta definição (HD) está assumindo uma função mais proeminente no tráfego global de vídeo mobile.
O que chama a atenção sobre essa tendência é que, há quatro anos, o percentual era de apenas 5,7%. Espera-se que o vídeo HD atinja cerca de 50% do tráfego total de vídeo até o final do próximo ano, refletindo a popularidade dos serviços OTT de streaming de vídeo, como o YouTube e a Netflix, em dispositivos móveis.
Mais de 820 milhões de consumidores em todo o mundo assistem ao YouTube e à Netflix a partir de seus dispositivos móveis.
A pesquisa da Openwave Mobility baseou-se na análise dos dados agregados dos desenvolvimentos em tempo real da empresa em mais de 30 operadores móveis em todo o mundo, entre 2013 e 2017. As descobertas fazem parte do relatório Openwave Mobility’s Mobile Video Index (Índice de Vídeo Móvel da Openwave Mobility), que analisou o impacto do vídeo móvel, QoE (Qaulity of Experience – Qualidade da Experiência) e criptografia OTT.
Curiosamente, o relatório revelou que 75% de todo o tráfego móvel agora está criptografado, fato que acaba sufocando a capacidade do operador móvel de manter a qualidade da experiência (QoE) do assinante. Isso ocorre porque os protocolos de criptografia impedem que os operadores possam personalizar ou otimizar dados usando ferramentas de gerenciamento de tráfego convencionais.
John Giere, CEO da Openwave Mobility, disse em um comunicado que os clientes querem cada vez mais uma experiência de uso semelhante quando acessam o conteúdo de seus dispositivos móveis, seja um smartphone ou um tablet.
“Como os usuários se acostumaram com a qualidade HD em casa, eles esperam a mesma qualidade de experiência no celular”, disse Giere. Seja a compulsão por assistir a Stranger Things 2 ou se derreter de amor por bichinhos de estimação fofos, os assinantes acham o vídeo mobile mais importante do que as chamadas de voz. É por isso que a QoE é imprescindível.”
A criptografia baseada em UDP também cresceu mais rápido do que a previsão inicial. O surgimento do protocolo QUIC do Google ameaça superar qualquer coisa que a indústria tenha visto até agora. Desde que o QUIC foi introduzido há dois anos, cresceu em um CAGR (Compound Annual Growth Rate – Taxa Composta Anual de Crescimento) de 284%. A Openwave Mobility previu que, até novembro de 2018, aproximadamente 90% de todo o tráfego de internet móvel será criptografado.
Enquanto os usuários estão consumindo mais vídeos via streaming do que nunca, eles não estão apaixonados pela experiência. Um relatório da IBM revela múltiplos pontos críticos.
Empresas de entretenimento correram para lançar serviços de transmissão de vídeos para as audiências conectadas. Agora, é hora de resolver os diversos problemas que deixam os consumidores insatisfeitos e querendo mais qualidade na experiência de uso.
Essa é a constatação do The State of Streaming 2017 (Situação do Streaming 2017), pesquisa on-line realizada em 2017 com 1.180 adultos dos EUA pela IBM Cloud Video. Enquanto dois terços dos consumidores norte-americanos usam um serviço de transmissão, eles não estão felizes com o que veem, e os problemas estão piorando.
Em sua pesquisa de 2016, a IBM descobriu que 51% dos entrevistados citavam problemas de buffering (carregamento lento) como o problema técnico que eles mais experimentaram. Em 2017, isso cresceu para 63%.
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Além disso, embora às vezes pareça que há muito conteúdo novo para assistir nessas plataformas, os consumidores querem mais opções: 63% dizem que a maior mudança que fariam em relação aos serviços de streaming de vídeo seria a adição de mais conteúdo.
Mesmo que os serviços de transmissão sustentados por anúncios tenham vivenciado um grande crescimento em 2017, os consumidores não estão satisfeitos com a experiência: 60% disseram que mesmo os comerciais relevantes prejudicaram a exibição do conteúdo. A IBM também descobriu que as pessoas não estavam satisfeitas com as recomendações de conteúdo, e que raramente as selecionavam.
>>> Veja mais dados do The State of Streaming 2017, da IBM
Embora exista uma forte concorrência no mercado de streaming de vídeo, a IBM vê muito espaço para que os serviços se diferenciem por intermédio de melhores ofertas.
“Após o boom inicial da SVOD (Subscription Video-On-Demand – assinatura de vídeo sob demanda), as empresas agora precisam se concentrar em atender e superar as altas expectativas dos consumidores por sua experiência de visualização e diferenciar suas ofertas para competir em uma indústria que já está lotada”, conclui o relatório.
O relatório completo da IBM pode ser baixado gratuitamente, mediante cadastro.
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