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Como criar um ecossistema de marketing digital que funcione em 2020?

como criar um ecossistema de marketing digital

Os negócios na atualidade precisam entender que não basta apenas executar uma ou outra estratégia, mas sim ter um ecossistema de marketing digital completo. A Business 2 Comunnity listou os elementos que devem compor o ecossistema. Neste artigo, você verá que o processo, apesar de trabalhoso, não é impossível de ser colocado em prática.

Quando você pergunta aos profissionais como obter clientes, alguns sugerem que você faça SEO (Search Engine Optimization – otimização para mecanismos de buscas), enquanto outros oferecem conselhos de publicidade paga como atalho. Alguns acreditam na criação de toneladas de conteúdo diariamente.

Por mais eficaz que seja, uma estratégia não é nada sem a outra.

O mundo da Internet está inundado de conteúdo. Todos os dias, os usuários publicam mais de 4 milhões de blogs posts, tornando ainda mais desafiador para os profissionais de marketing se destacarem na multidão.

Você tem mais chances de sobreviver a um acidente de avião do que de conseguir que os usuários leiam seu conteúdo.

Além disso, novas táticas, ferramentas, mecanismos de pesquisa, dispositivos inteligentes e canais de marketing estão surgindo para acirrar a luta por atenção do público.

Como uma estratégia poderia lidar com todos esses desafios?

O que sua marca precisa é de um ecossistema de marketing digital inteiro que cubra tudo, para alcançar os usuários onde quer que eles estejam.

Ecossistema de marketing digital

O marketing digital é um esforço para espalhar a o nome da sua marca por vários canais, incluindo mecanismos de pesquisa, mídias sociais, aplicativos móveis e para web, marketing de influenciadores, e-mails etc.

Sim, é tudo isso e muito mais!

A implementação de todas essas estratégias dará ao seu negócio um ecossistema de marketing digital que não deixa pedra sobre pedra e que aumenta exponencialmente as chances do seu conteúdo ser a primeira escolha para os usuários.

Neste artigo, vamos simplificar as estratégias de que as empresas precisam para criar um ambiente de marketing digital apropriado para seus sites.

SEO

Representa a arte de classificar alto nos mecanismos de pesquisa de forma orgânica (ou seja, não remunerada).

Dentro do SEO, existem três grandes setores. Vamos analisar cada um.

SEO on-page (na página)

A cada ano, o Google faz milhares de alterações em seus algoritmos. Os dados nos dizem que somente em 2018, o Google fez 3.234 atualizações (ou seja, nove por dia). É impossível acompanhar estas alterações frequentes, juntamente com as mudanças de comportamento do usuário.

Mas uma coisa que o ajudará a manter a vantagem é o SEO on-page.

O SEO on-page otimiza suas páginas da web para obter uma classificação mais alta e um tráfego mais relevante. Uma prática comum de SEO on-page é a otimização de títulos e meta descrições (meta descriptions).

Por exemplo, se você pesquisar por”plataforma de vídeos gravados”, um artigo intitulado “Para que servem as plataformas de vídeos gravados?”, juntamente com uma descrição que repita as mesmas palavras-chave, aparece na primeira página de resultados no Google.

Nem é preciso dizer que a página está otimizada para os mecanismos de pesquisa e que também obtém tráfego relevante. Não apenas o título e as descrições, mas todo o conteúdo é otimizado para mecanismos de pesquisa e para a experiência dos usuários.

A colocação de palavras-chave no conteúdo ajuda os mecanismos de pesquisa e os usuários a entenderem a mensagem mais rapidamente. Isso não significa que você tem que entupir o conteúdo com palavras-chave; mas sim que ele precisa ser relevante para as pesquisas dos usuários.

SEO técnico

O SEO técnico corrige os detalhes do seu site. Faz parte do SEO on-page. Inclui erros 404, velocidade da página, conteúdo duplicado etc.

Velocidade da página: estudos mostraram que os usuários saem rapidamente de sites que levam mais de três segundos para carregar. As diretrizes atuais do Google favorecem sites que levam três segundos ou menos para carregar o conteúdo. Portanto, mais rápido = melhor tanto para os usuários quanto para os mecanismos de pesquisa.

Conteúdo duplicado ou ausente: conteúdo duplicado significa que o mesmo conteúdo está disponível em mais de uma URL. Os mecanismos de pesquisa não podem decidir qual URL exibir e o problema piora quando os usuários começam a vincular a URLs diferentes com o mesmo conteúdo. Como resultado, isso afeta fortemente a classificação do seu site, o que acarreta menos tráfego.

Erros 404 ou links quebrados: outra maneira de perder rankings e toneladas de tráfego é ter links quebrados em seu site. Muitas fontes podem estar linkando ao seu site, mas se algum link estiver quebrado, você perderá tráfego sem saber.

Em resumo, a moral do SEO técnico é manter o site atualizado e livre de conteúdo duplicado e links quebrados.

SEO off-page (fora da página)

Enquanto o SEO na página é sobre operações “de frente”, o SEO fora da página é como trabalhar nos bastidores, mas com resultados visíveis. O SEO off-page inclui link building, redes sociais, guest blogging, criação de conteúdo promocional para publicação em outros sites, etc.

SEO local

Otimiza seus negócios para atrair o público local.

A tendência das “melhores coisas perto de mim” está acelerando. Os usuários estão ficando viciados em pedir ao Google para encontrar os melhores serviços disponíveis nas proximidades.

De acordo com o HubSpot, 46% das pesquisas no Google são locais. E o Google é bom em oferecer as melhores opções, fornecidas com críticas, locais e sugestões em seus featured snippets (resumo para uma pergunta feita no Google, escolhida como sendo a melhor resposta para a pesquisa realizada).

Os usuários nem precisam clicar no link do site, pois obtêm todas as informações disponíveis na página de resultados. Se você deseja conquistar os usuários sem precisar de um clique, o SEO local deve fazer parte de toda a sua estratégia de marketing.

Pesquisa de palavra-chave

A pesquisa de palavras-chave reside no centro do ecossistema de marketing digital. Elas são o que você pesquisa nos mecanismos de buscas (por exemplo, perguntar ao Google como fazer isso ou aquilo; pesquisar por novos eventos etc.). Tudo o que você digita no Google são palavras-chave.

As marcas precisam analisar as palavras-chave e a intenção por trás delas para entender exatamente o que os usuários estão procurando. Com base nisso, elas devem criar seus conteúdos.

Por exemplo, se eu procurar “como ser um contador de histórias”, minha intenção por trás das palavras-chave é que eu quero ser um contador de histórias. Sou alguém que trabalha em um campo de criação de histórias para as pessoas, ou talvez queira melhorar minhas habilidades sociais para impressionar outras pessoas. Isso fornece a resposta para quem é seu público.

Portanto, um guia que me ensinará a criar histórias sem consumir muito tempo será minha primeira escolha nos mecanismos de pesquisa.

Uma boa estratégia de SEO é usar uma mistura de palavras-chave que combinam bem com a consulta e a intenção do usuário.

Link building

Em uma sessão de perguntas e respostas com o Google, Andrey Lipattsev, estrategista sênior de qualidade de pesquisa, divulgou os três principais fatores de classificação:

Os links são um dos principais fatores de classificação. Brian Dean, da Backlinko, confirmou com suas principais conclusões que os sites que ocupam o primeiro lugar no Google são suportados por backlinks. Ele descobriu que a diversidade de domínios tem um impacto significativo nas classificações.

Quanto mais backlinks um site tiver de diferentes fontes, melhor ele será classificado.

Mas não apenas qualquer backlink. Brian também descobriu que esses backlinks eram provenientes das autoridades de mais alta patente.

Isso significa que sites com links de alta qualidade, fontes diversificadas e conteúdo valioso conquistam os principais rankings.

Preferência de Conteúdo

Conteúdo de alto valor, como sempre, é o coração do marketing digital.

O Google recompensa aqueles que criam conteúdo que responde às perguntas dos usuários ou lhes oferece uma solução para seus problemas.

Para criar conteúdo que agrega valor, você deve saber qual é a intenção do usuário e a forma de conteúdo mais preferível. É texto, imagens, vídeos ou áudio?

Por exemplo, uma pessoa que pesquisa por receitas estaria mais interessado nos vídeos do YouTube do que em um artigo que descreve os detalhes dos ingredientes. Sempre que procuro uma receita, os vídeos do YouTube aparecem primeiro no Google.

Marketing além do Google

De acordo com um relatório da Jumpshot, a Amazon superou o Google em termos de pesquisas de produtos.

Agora, o Google não é mais a única opção dos usuários. Eles saltam para a Amazon para comprar produtos ou mudam para o iTunes ou Spotify para ouvir os podcasts mais recentes. Há também o YouTube para quem está procurando aprender algo novo sem ter que se preocupar em digitar algumas palavras em um mecanismo de pesquisa.

Em 2020, com base nas preferências de conteúdo do usuário, a escolha dos mecanismos de pesquisa também mudará. Se você deseja vender produtos, é melhor ter uma loja na Amazon. Ou, se você é uma agência de marketing, é hora de criar vídeos exibindo suas dicas.

Publicidade nativa

A publicidade nativa é a versão paga do conteúdo. Como o nome sugere, refere-se à publicidade nativa do canal que a promove. Por exemplo, um site de notícias promoverá artigos relevantes para as notícias.

A publicidade nativa não se parece com um banner ou anúncio gráfico, mas sim como parte do conteúdo que você já está lendo. É completamente nativo do canal e relevante para os visitantes.

Atualmente, a publicidade nativa é mais eficaz, pois não empurra os anúncios nos usuários. Além disso, oferece uma vasta quantidade de conhecimento e atrai tráfego relevante.

O SEO leva meses para espalhar o reconhecimento da marca; já a publicidade nativa dá um impulso rápido ao seu conteúdo.

A combinação de SEO e publicidade nativa reduzirá o período necessário para a sua mensagem se espalhar.

Marketing de redes sociais

As mídias sociais são outro lugar em que os usuários passam a maior parte do tempo – embora não seja um local onde façam pesquisam; eles não se importam de percorrer o Facebook ou o Instagram o dia todo e ver as stories compartilhadas por outros.

Então, por que não inserir as suas stories nestes ambientes?

Com presença na mídia social, você não está forçando os usuários a lerem seu conteúdo. Pelo contrário, é mais como convidá-los. A decisão é deles.

Se os usuários estiverem interessados, eles darão likes no seu conteúdo, vão compartilhá-lo com outras pessoas e até comentar nele. Obter engajamento nas mídias sociais é uma validação para os mecanismos de pesquisa, pois isso mostra que vale a pena ranquear seu conteúdo com alta classificação.

Você pode misturar táticas gratuitas e pagas de marketing de mídia social. Usuários regulares do Instagram frequentemente encontram anúncios em vídeo que parecem interessantes e que não têm cara de anúncios. Obviamente, eles são nativos do canal, tentadores o suficiente para levar os usuários à conversão.

Marketing dos mecanismos de pesquisa

O Search Engine Marketing (SEM) – ou marketing dos mecanismos de buscas – compra anúncios dos mecanismos de pesquisa para obter tráfego no site. Um exemplo disso são os anúncios promocionais que você vê antes dos resultados orgânicos.

O SEO faz com que você espere meses para alcançar o resultado, enquanto os anúncios pagos ajudam a chegar ao topo dos mecanismos de pesquisa. Como é a primeira coisa que os usuários veem quando pesquisam algo, as marcas recebem muitos hits de uma só vez.

Isso não significa que você deve abandonar todos os outros métodos e se concentrar apenas em anúncios pagos. Estudos mostram que estes recebem apenas 3,4% de cliques, em comparação com 38,5% de cliques de resultados orgânicos – que, como sempre, são os vencedores.

Os anúncios pagos são apenas uma maneira de obter um aumento rápido no tráfego, enquanto o marketing orgânico leva tempo para fazer sua mágica.

Sinais de qualidade

Você sabe como o Google decide a classificação do seu site?

Medindo sinais de qualidade.

O algoritmo do Google procura por quatro sinais de qualidade para classificar seu site:

  1. Legibilidade do conteúdo: seu conteúdo é facilmente legível e compreensível?
  2. Qualidade do conteúdo: seu conteúdo agrega valor à experiência do usuário? Responde à consulta feita? Oferece o que os usuários estão procurando?
  3. Backlinks: quantas fontes externas estão linkando o seu conteúdo? Qual é a qualidade dessas fontes externas?
  4. Menções em redes sociais: quanto de engajamento seu conteúdo recebe das mídias sociais?

As respostas para todas essas perguntas são as razões pelas quais seu site ranqueia alto ou baixo. Manter esses quatro sinais de qualidade gera classificações altas nos motores de busca.

Marketing de influenciadores

À medida em que a era das mídias sociais aumenta, também aumenta a tendência dos influenciadores. Essas estrelas das redes sociais não são menos que celebridades para seus seguidores. Quer os usuários leiam o seu conteúdo ou não, eles certamente ouvirão um influenciador que promove seus produtos.

>>> Influenciadores digitais e vídeo: a estratégia de marketing matadora.

Leia estas estatísticas para conhecer os efeitos do marketing de influenciadores:

Se o marketing de influenciadores ainda não estiver em sua agenda, você está perdendo uma grande oportunidade de alcançar os usuários rapidamente.

Email marketing

Depois de obter acesso ao email dos clientes (com a permissão deles), o email marketing se transforma em um dos canais de marketing mais eficazes. Com 4.400% de ROI (Return On Investment – retorno sobre o investimento), a estratégia pode superar todas as outras tendências e modas.

O email marketing é uma porta aberta para os consumidores. Seu conteúdo chega diretamente a eles e atua como um convite para usar seus produtos e serviços.

Featured snippets

Quase todas as respostas aparecem nos featured snippets (trechos em destaque). Por isso, os usuários encontram pouca necessidade de clicar nos links do site – e muito menos de ler o conteúdo.

34,4% dos resultados em desktops nunca são clicados. No celular, os resultados sem clique atingem 62,5%.

Agora, a luta não é sobre ganhar cliques; em vez disso, trata-se de conquistar clientes com zero cliques.

Os trechos em destaque são a maneira de fazer isso. Eles criam um conteúdo valioso que responde às consultas comuns dos usuários. O Google busca o melhor conteúdo da Internet e oferece a ele um lugar nos featured snippets como recompensa.

Otimização para dispositivos diferentes

O celular já superou as pesquisas em computadores. Dispositivos como smart watches (relógios inteligentes) e smart TVs estão se tornando parte da vida cotidiana dos usuários. Mantenha seu site flexível para funcionar em muitos dispositivos. Caso contrário, você acabará perdendo clientes em potencial que usam dispositivos que não sejam desktops.

Pesquisa por voz

A ComScore prevê que, até 2020, 50% de todas as pesquisas serão de voz. Isso significa que os usuários começarão a interagir com o Google em tom de conversa (ou seja, palavras-chave de cauda longa). Você deve otimizar todo o seu conteúdo com palavras-chave longas e de conversação para responder às perguntas de pesquisa por voz dos usuários.

>>> O novo marketing e a sinergia entre as práticas on-line e off-line.

Conclusão

Tempo e dinheiro são essenciais para criar um ecossistema digital inteiro que atenda todo o tráfego de vários canais e dispositivos. Mas se você adotar uma abordagem inteligente, poderá sobreviver.

Por exemplo, o empreendedor americano Gary Vee cria 64 partes de conteúdo em um único dia. Ele divide um conteúdo de formato longo em diferentes formatos, como áudio, vídeo, imagens etc.

Não se trata de trabalho duro, mas de trabalho inteligente.

Como conselho final, acompanhe as tendências. Saber qual vai ser o próximo passo e alterar o comportamento do usuário é a chave para o sucesso da marca.