Você verá a seguir a tradução de um artigo sobre transcodificação de vídeo e os melhores bitrates para dispositivos móveis, escrito pela Dacast, que é parceira comercial da K2. no oferecimento de tecnologia de vídeo. O conteúdo está atualizado para o cenário de 2021 e serve como um guia para você garantir a qualidade de vídeo mais adequada para os diferentes perfis de usuários de dispositivos móveis. 🎯
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O acesso a conteúdo de vídeo online a partir de dispositivos móveis evoluiu nos últimos anos. Quando o primeiro iPhone foi lançado, o streaming para dispositivos móveis não era possível devido aos players de vídeo incompatíveis. Mesmo depois que esse problema foi resolvido com a criação de players HTML5, a velocidade da Internet móvel continuou a representar desafios.
👉 A transcodificação de vídeo é uma técnica que ajudou as emissoras a superar esses desafios, permitindo que transmitissem várias cópias de seus conteúdos audiovisuais em tamanhos adequados para diferentes conexões de internet.
Ao considerar os serviços de transcodificação, é importante fazer as configurações certas, uma vez que errar nesse ponto pode resultar em vídeos de baixa qualidade ou até mesmo impossíveis de assistir. Como muitas pessoas hoje usam dispositivos diferentes, as configurações adequadas são ainda mais essenciais do que para apenas garantir a qualidade aceitável.
Neste artigo, vamos falar sobre transcodificação de vídeo e como escolher as melhores configurações de bitrates (taxas de bits) para usuários de dispositivos móveis. Começaremos nos aprofundando nos desafios apresentados por esses equipamentos antes de entrarmos nos aspectos técnicos da transcodificação e da taxa de bits de vídeo.
A partir daí, discutiremos algumas configurações específicas de bitrates para atender ao público mobile.
Transcodificação de vídeo e o streaming para usuários de dispositivos móveis
Na última década, smartphones e tablets se tornaram incrivelmente populares. Com o toque de uma tela, os dispositivos móveis têm dado às pessoas acesso a uma quantidade infinita de informações. O tamanho e a eficiência desses dispositivos mudaram o modo de vida do mundo e proporcionaram uma conveniência até então impensável.
Quando os smartphones ganharam popularidade, a tecnologia não era adequada para streaming de conteúdo de vídeo. O player de vídeo padrão da época, Adobe Flash Player, não era compatível com dispositivos móveis. Os líderes da comunidade de streaming online perceberam que, ao não atender aos usuários móveis, os produtores de conteúdo perderiam um grande público em potencial.
É aí que o player de vídeo HTML5 e o protocolo de streaming HLS entraram em ação. Essas atualizações tecnológicas possibilitaram a transmissão em praticamente qualquer dispositivo habilitado para Internet.
No entanto, ainda haviam alguns desafios relacionados à velocidade da Internet. Dados celulares e conexões Wi-Fi não eram tão fortes ou capazes quanto as conexões Ethernet, mas, infelizmente, essas são as únicas opções para dispositivos móveis. Sem o suporte de uma conexão de Internet rápida e confiável, os usuários ficam sujeitos a buffering e atrasos na reprodução, o que prejudica a experiência de visualização.
Hoje, as conexões de dados Wi-Fi e celular estão mais fortes do que nunca. Na maioria das situações, elas são capazes de fazer streaming de conteúdo de vídeo online, mas ainda há situações em que a conexão é menos do que ideal. Este é especificamente o caso ao fazer streaming com dados de celular.
Felizmente, existem técnicas que os produtores podem usar para contornar a limitação atual dos usuários da Internet e garantir a melhor qualidade de streaming para toda a sua audiência.
O que é transcodificação de vídeo?
A transcodificação de vídeo é o processo de criação de várias renderizações (ou cópias) de um vídeo em tamanhos diferentes. Os arquivos de vídeo geralmente são volumosos, portanto, transcodificá-los torna possível transmiti-los com diferentes configurações de streaming.
Por exemplo, com a transcodificação você pode reduzir ainda mais o tamanho dos arquivos, alterar a resolução do vídeo ou, se necessário, usar um formato alternativo para alcançar os usuários em um dispositivo ou sistema operacional específico.
Compressão de vídeo
Para entender melhor a transcodificação, é importante ter um entendimento claro da compressão de vídeo.
O formato natural de um vídeo é “descompactado”. Isso significa que cada frame (quadro) do vídeo é gravado como uma imagem independente. Trinta frames por segundo (frames per second – FPS) é o padrão. No entanto, o vídeo não compactado resulta em tamanhos de arquivo enormes que são impraticáveis para streaming pela Internet.
Como resultado, a maioria das câmeras de vídeo grava formatos compactados. Isso significa que alguns dados são descartados para reduzir o tamanho dos arquivos. A compressão é obtida por meio de algoritmos matemáticos, mas o básico é fácil de entender:
Digamos que todo o quadro do seu vídeo fique preto por dois segundos (por exemplo, uma pessoa entrando em uma sala escura). Um vídeo descompactado armazenaria todos os 60 quadros como imagens individuais. A compactação permite que você economize espaço escolhendo “renderizar todos os pixels em preto nos próximos 60 quadros”.
OBS: na prática, isso causa alguma perda de qualidade.
Codecs
Há uma variedade de esquemas de compactação para reduzir o tamanho do arquivo de vídeo e depois descompactá-lo para reprodução. Um exemplo é o codec de vídeo.
Os codecs de vídeo, cujo nome vem das palavras “codificador / decodificador”, estão disponíveis em formatos de hardware e software.
Atualmente, o codec de vídeo mais comum é o H.264. Ele é o mais popular porque é eficiente e compatível com quase todos os dispositivos móveis.
O H.264 provavelmente será substituído por H.265 e VVC. Esses dois codecs são mais poderosos, mas ainda limitados pelo fato de não serem amplamente compatíveis.
O que é bitrate de vídeo?
O bitrate de vídeo (ou taxa de bits de vídeo) é a quantidade de dados sendo transferidos durante um determinado período.
As configurações de taxa de bits e streaming podem ser manipuladas no nível do encoder (codificador) para produzir diferentes qualidades, como definição padrão ou alta definição.
A taxa de bits é medida em bits por segundo ou (bits per second – BPS). A taxa de bits de vídeo, em particular, é medida em megabits por segundo (Mbps).
Melhores configurações de bitrates para usuários de telefones celulares
Os usuários de dispositivos móveis apresentam alguns requisitos exclusivos. Por um lado, a quantidade de dados é um elemento precioso. Embora a maioria das pessoas tenha planos de dados ilimitados, a Internet rápida é restrita a uma determinada quantidade. Por exemplo, os usuários em um plano ilimitado podem notar uma diminuição na velocidade para cada 30 GB que usam.
Além disso, as conexões da web em ambientes móveis podem variar drasticamente em curtos períodos de tempo. Portanto, o streaming de vídeo deve ser transcodificado adequadamente para o ambiente móvel. Devido a isso, é essencial minimizar o tamanho dos arquivos de vídeo. Isso envolve a redução do bitrate ou da quantidade de dados por segundo em um arquivo de streaming.
Ao mesmo tempo, o poder de processamento e a qualidade das telas em dispositivos móveis estão avançando. As telas Retina e Ultra-HD (4K) estão se tornando comuns em smartphones. A baixa qualidade de vídeo fica especialmente aparente em telas dessa qualidade.
O tamanho da tela também está aumentando. A norma para tamanhos de tela de smartphone atualmente é em torno de cinco polegadas. Nesse ambiente maior, um vídeo muito compactado ou muito pequeno oferece uma experiência de visualização abaixo da média.
Felizmente para os usuários (mas lamentável para as emissoras), há uma grande variedade de dispositivos móveis no mercado. Isso é ótimo em termos de variedade para escolha, mas também significa que dispositivos mais antigos não suportam os formatos e tamanhos de arquivo mais novos que funcionam melhor em telefones e tablets mais modernos.
Dito isso, aqui estão nossas recomendações para algumas categorias diferentes de usuários.
Para alcançar todos os dispositivos, independentemente da idade:
- Bitrate do vídeo: 400 kbps ou menos
- Tamanho do frame: 320 x 240
- Taxa de frames (quadros): 30 fps
- Bitrate de áudio: 64 kbps ou menos
Essas configurações alcançarão quase todos os dispositivos móveis existentes, incluindo iPods antigos, Blackberries e muito outros.
Para alcançar quase todos os dispositivos, mas oferecer melhor qualidade:
- Bitrate do vídeo: 1100 kbps ou menos
- Tamanho do frame: 480 x 270 pixels (dispositivos muito básicos) ou 640 x 360 pixels (reproduz melhor em telefones iPhone 4G)
- Taxa de frames: 30 fps
- Bitrate de áudio: 128 kbps ou menos
Isso deve atingir quase todos os smartphones e tablets, mas é muito pequeno para telefones mais modernos.
Para alcançar smartphones de última geração:
- Bitrate do vídeo: 3500 kbps (Wi-Fi), 2000 kbps ou menos (celular)
- Tamanho do frame: 1280 x 720 ou 960 x 640
- Taxa de frames: 30 fps
- Taxa de bits de áudio: 160 kbps ou menos
Essas configurações funcionarão melhor para a maioria dos smartphones e tablets modernos.
Configurações de perfil H.264
Claro, escolher o bitrate de vídeo certo para celular não é a única coisa a se considerar. É por isso que incluímos aqui informações sobre o tamanho do frame, a taxa de frames e o bitrate de áudio. No entanto, outra consideração importante é o perfil H.264 que você usa.
Em geral, recomendamos o perfil “baseline” (linha de base) para todos os dispositivos móveis. Ele garante compatibilidade com versões anteriores e oferece boa qualidade.
O que é streaming multi-bitrate?
O streaming multi-bitrate permite que as emissoras façam a transmissão de múltiplas renderizações de um vídeo ao mesmo tempo, dando aos espectadores acesso a uma opção de bitrate que faça sentido para a sua velocidade da Internet.
Um player de vídeo com taxa de bits adaptável determina o melhor bitrate para cada usuário individual e envia automaticamente a renderização ideal.
Essas técnicas permitem que as emissoras transmitam simultaneamente para usuários com conexões de Internet rápidas e lentas, sem sacrificar a qualidade da experiência para nenhum dos dois. Os usuários com Internet mais rápida podem assistir ao conteúdo cristalino de alta resolução, enquanto usuários com Internet mais lenta podem assisti-lo com resolução mais baixa, sem atrasos ou buffering.
Configurações de bitrates para diferentes resoluções
Como discutimos anteriormente, diferentes configurações de taxa de bits geram diferentes resoluções. Aqui estão as combinações de bitrates para as resoluções de vídeo mais comuns.
Imagem: Dacast
Conclusão
A entrega de vídeos para dispositivos móveis é essencial, mas requer alta qualidade, juntamente com tamanhos de arquivo gerenciáveis. As configurações que discutidas neste artigo da Dacast devem ajudá-lo a tirar o melhor proveito dessa situação, entregando vídeos excelente para a sua audiência.
Ao escolher uma plataforma de vídeo online (online video platform – OVP) para hospedar seus streams, você deve procurar suporte para transcodificação de vídeo. Felizmente, a maioria das OVPs completas deve incluir ferramentas de transcodificação entre seus recursos. Essas ferramentas são essenciais para fazer várias versões de cada arquivo de vídeo que você hospeda.
Você também deve procurar suporte para streaming de bitrate adaptável. Dessa forma, os espectadores podem receber automaticamente a versão do vídeo que funciona melhor para eles.
A K2. oferece suporte para essas e outras ferramentas de transmissão profissional. Você pode solicitar uma demonstração gratuita guiada para entender como os recursos da ferramenta podem fazer com que o seu conteúdo audiovisual seja entregue da forma mais adequada para a sua audiência.
Caso você tenha ficado com dúvidas sobre a transcodificação de vídeos para dispositivos móveis, fique à vontade para entrar em contato. 🙂
