Com a criptografia de vídeo AES você evita pirataria, roubo de dados, apropriação de propriedade intelectual e outros ataques ao seu conteúdo. Ou seja, qualquer pessoa bisbilhotando indevidamente os seus streams será interrompida. Aprenda como proteger a integridade dos seus vídeos.
De acordo com a Market Watch, é provável que o mercado de streaming de vídeo ao vivo valerá US$ 102,09 bilhões até 2023. A ascensão desse setor coincidiu com o crescimento da Internet e a tendência de participação em eventos virtuais, ensino a distância, trabalho remoto e desenvolvimento de vídeos para marketing e vendas.
A desvantagem desse rápido crescimento é a questão igualmente crescente das ameaças à segurança cibernética. As empresas especializadas no ramo estão relatando um aumento na pirataria e em outros ataques digitais a cada ano, e a indústria de vídeo não é exceção.
Felizmente, existem várias soluções de segurança de vídeo, incluindo a criptografia de vídeo AES.
Neste artigo, originalmente elaborado pelos nossos parceiros da Dacast, você vai entender a criptografia de vídeo AES em detalhes. Discutiremos o que é criptografia de vídeo, quem deve usá-la e como funciona.
Ao final, veremos alguns métodos adicionais de segurança de vídeo. Mostraremos como a criptografia pode ajudá-lo a proteger seu conteúdo contra ameaças crescentes de segurança cibernética.
Boa leitura!
O que é a criptografia de vídeo AES?
AES significa Advanced Encryption Standard (“Padrão de Criptografia Avançada”, em tradução literal.) A TechTarget diz que a criptografia AES é “[…] uma cifra de bloco simétrica escolhida pelo governo dos EUA para proteger informações sigilosas e é implementada em software e hardware em todo o mundo para criptografar dados confidenciais”.
Na transmissão de vídeo ao vivo, as emissoras podem usar a criptografia de vídeo AES para transmissão segura. Quando o vídeo é criptografado, uma chave especial embaralha o conteúdo do vídeo.
A menos que o espectador tenha a chave de acesso digital correta, ele não poderá visualizar o vídeo. Além disso, se tentar interceptá-lo, tudo o que verá é uma confusão de dados inúteis. Já os espectadores autorizados podem acessar o vídeo criptografado via AES por meio de seu navegador da Web e uma conexão HTTPS segura.
Todo esse processo se desenrola de maneira transparente para os usuários. Tudo o que eles precisam fazer é obter acesso legítimo ao vídeo, fazendo login ou acessando o site certo.
O processo de criptografia pode ser invisível, mas fornece uma camada significativa de proteção contra interceptação e pirataria. A criptografia de vídeo AES funciona nos bastidores para garantir que o conteúdo de vídeo seja acessado no local certo e pelas pessoas certas.
Quem precisa da criptografia de vídeo AES?
Simplificando, a criptografia de vídeo AES pode ser extremamente valiosa para quem precisa manter o vídeo privado. Se você quer proteger um conteúdo valioso contra roubo ou visualizações não autorizadas, o AES foi feito para você.
Por exemplo, se você tem conteúdo interno privado ou vende cursos online, seus vídeos devem permanecer exclusivos para assinantes ou para sua equipe interna. O AES geralmente funciona em combinação com outras medidas de segurança.
Embora qualquer pessoa possa usar a criptografia de vídeo AES, aqui estão alguns tipos de empresas e setores que se beneficiam dessa medida de segurança:
- Organizações governamentais
- Empresas e PMEs
- OTT (Over The Top – serviço de mídia que faz distribuição de conteúdos pela internet) e empresas de entretenimento
- Educação e e-learning
- Transmissão de eventos ao vivo
Para empresas de entretenimento e streaming OTT, evitar a pirataria de conteúdo é essencial para o modelo de negócios, assim como no caso de instituições educacionais e empresas de e-learning.
A criptografia AES também pode ser altamente valiosa em ambientes corporativos e governamentais, onde vazamentos de dados não autorizados representam um grande problema.
Benefícios da criptografia de vídeo AES no streaming
A criptografia de vídeo AES evita ataques de hackers como o Man-in-the-Middle (MITM). Nesse tipo de ataque, alguém intercepta o tráfego de rede para roubar dados confidenciais.
Você já deve ter ouvido falar que o uso de redes WiFi públicas e não seguras pode ser perigoso, e os ataques MITM são a razão disso. Por exemplo, se você fizer login no seu banco usando o WiFi de um Starbucks local, seus dados financeiros podem ser expostos a um hacker.
Em geral, esses tipos de ataques são relativamente simples. Ferramentas como sniffers de pacotes estão amplamente disponíveis, e qualquer pessoa com um pouco de conhecimento técnico pode fazer o download e executá-los facilmente.
Mais preocupantes, no entanto, são os hackers profissionais. Esses indivíduos procuram coletar informações confidenciais, detalhes corporativos e o conteúdo de vídeo popular mais recente para revender na dark web. Este é um problema crescente, e é por isso que o streaming de vídeo criptografado está em ascensão.
A Akamai, uma das redes de entrega de conteúdo de primeira linha com as quais muitas plataformas de streaming fazem parceria, relatou que o roubo de credenciais para assinaturas de vídeo online é um problema grave. Milhões de contas são comprometidas todos os anos.
A criptografia de vídeo AES permite evitar completamente esses tipos de ataques. Qualquer pessoa bisbilhotando seus streams será interrompida. Isso oferece proteção contra pirataria, roubo de dados, apropriação de propriedade intelectual e muito mais. Enfim, os encriptadores de vídeo ajudam a proteger a integridade do seu conteúdo.
Visão técnica geral da criptografia de vídeo AES
À medida que os computadores se tornaram mais poderosos, a tecnologia de criptografia de dados foi forçada a evoluir. O AES foi originalmente lançado em 2002 pelo National Institute of Standards and Technology (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia – EUA).
O AES foi projetado para ser o mais seguro possível, ser gratuito e ser relativamente fácil para os programadores implementarem.
Desde então, a criptografia de vídeo AES provou ser um método de segurança forte e confiável. Por isso, ele ainda é amplamente utilizado em bancos, governos, instituições militares e negócios.
O AES é gratuito, de código aberto e integrado ao hardware e software de muitos dispositivos. Sempre que você se conecta a uma rede WiFi segura ou usa um aplicativo de chamada VOIP, está usando o AES sem nem perceber.
Seja usado em vídeo ou para qualquer outra coisa, o AES funciona da mesma maneira. Ele usa o algoritmo Rijndael e cifras de bloco simétricas para criptografar o conteúdo. Este é um processo complexo de substituição matemática que se repete para transformar o conteúdo em uma mistura confusa.
A menos que a chave apropriada seja aplicada, os dados são completamente inúteis. Por exemplo, a criptografia AES pode transformar essa frase em algo sem sentido como aflkjsfasf12 324spoudsafa 23dsgmzxc qpoaqwe67 asdj2k39.
⚠️ No entanto, é importante estar ciente de que é possível contornar a criptografia de vídeo AES. Assim como a maioria das medidas de segurança, isso não impedirá que alguém que tenha acesso legítimo ao seu conteúdo o duplique, pois qualquer pessoa pode apontar uma câmera de vídeo para a tela e duplicar seu conteúdo.
Portanto, o AES deve ser apenas uma parte de sua estratégia de segurança maior.
AES-256 vs. AES-128
Existem algumas variações dentro da tecnologia AES. Por padrão usa-se os tamanhos de chave de 128, 192 ou 256 bits. Isso significa que a chave (ou o código secreto que protege o conteúdo) tem 128, 192 ou 256 caracteres.
As pessoas com acesso à chave de criptografia adequada podem usá-la para reverter o processo de criptografia e ver os dados originais não criptografados.
Em geral, a criptografia de vídeo AES-128 deve ser bastante segura para a maioria dos casos de uso. Se você estiver enviando informações particularmente confidenciais, poderá optar por usar o AES-256. A única desvantagem é que codificar e reproduzir este vídeo exigirá um pouco mais de recursos de CPU de seus espectadores.
No entanto, em 2015, a National Security Agency (NSA) parou de recomendar o uso de chaves de 128 bits para criptografia AES e passou a sugerir 256. Hoje, a maioria dos profissionais recomenda chaves de 256 bits como uma coisa natural. A maioria dos hardwares modernos não deve ter problemas para decodificar vídeo criptografado com uma chave de 256 bits.
Medidas adicionais de segurança cibernética de streaming
Para manter seu conteúdo de vídeo seguro contra ameaças cibernéticas, recomendamos dobrar ou triplicar suas linhas de defesa.
Além da criptografia de vídeo online, existem várias outras medidas que você pode tomar para tornar seu conteúdo mais seguro.
Algumas das ferramentas de segurança de vídeo mais populares incluem:
- Proteção por senha: adicione uma “primeira linha de defesa” contra espectadores não autorizados, exigindo uma senha para acessar seu conteúdo
- Restrições geográficas: restrinja o acesso com base na localização física dos espectadores
- Restrições de domínio/referenciador: restrinja o acesso com base no site em que seu player está incorporado (ou seja, limite o acesso apenas a players incorporados em seu site)
- Segurança com token: limite o acesso a visualizadores que tenham as credenciais digitais especificadas
Se você estiver usando um paywall de vídeo para monetizar seu conteúdo, é importante garantir que ele seja absolutamente seguro para que as informações financeiras de seus espectadores nunca sejam comprometidas.
Conclusão
Agora que você está familiarizado com a criptografia de vídeo AES e como ela funciona, esperamos que você considere usá-la como parte de sua estratégia de segurança de hospedagem de vídeo.
O streaming criptografado é realmente um dos melhores métodos que as emissoras e empresas podem usar na atualidade para proteger o conteúdo de vídeo.