K2. – Solução em Comunicação Digital

Como se faz uma transmissão ao vivo – o guia completo

Como se faz uma transmissão ao vivo

A intenção deste artigo é a de proporcionar uma ideia geral sobre como se faz uma transmissão ao vivo, desmistificando algumas “impossibilidades”, mas sem “dourar a pílula”, pois alguns detalhes técnicos são muito importantes e requerem atenção redobrada.O conteúdo a seguir é uma atualização do Curso por Email de Transmissão de Vídeo ao Vivo, que foi lançado pela K2. em julho de 2018.

Você já deve ter ouvido (ou até pensado) a seguinte frase: “Sei que preciso fazer uma transmissão ao vivo para dar um gás no meu negócio, mas acho que o processo é muito complicado.”

Se identificou? Então aproveite!

Nosso artigo abordará os seguintes assuntos:

  1. Vantagens de transmitir um evento ao vivo
  2. Configuração do computador a ser utilizado para a transmissão
  3. Câmeras, placa de captura e mesa de corte
  4. Encoder (programa para realizar a transmissão ao vivo)
  5. Link de Internet (upload)
  6. Serviço de transmissão ao vivo (CDN profissional, Facebook, Youtube).

#1 – Vantagens de transmitir um evento ao vivo

As vantagens da realização de transmissões ao vivo por uma marca são inúmeras. Dentre elas, destacam-se o poder de alcance (imagine um auditório cheio multiplicado por “o céu é o limite”) e o engajamento do público (estudos comprovam que a taxa de retenção da atenção em uma live stream é consideravelmente maior do que a apresentada por vídeos sob demanda).

Outro grande trunfo da transmissão ao vivo é a capacidade de monetização (no caso do uso de plataformas profissionais). É possível cobrar pelo acesso à transmissão, assim como você venderia ingressos para eventos presenciais. Em geral, esse recurso é usado em casos nos quais o público enxerga valor em acessar o conteúdo, mesmo sem estar fisicamente presente, a exemplo de palestras, seminários e eventos corporativos.

#2 – Configuração do computador a ser utilizado para a transmissão

O desktop / notebook é o primeiro quesito a ser analisado dentre os equipamentos integrantes do processo de transmissão ao vivo. Afinal, é a partir desse elemento do hardware que haverá a comunicação entre a imagem +  áudio captados pela câmera (ou câmera + microfone) e o processo de codificação que resultará no conteúdo a ser assistido pelos espectadores.

Existe uma configuração mínima recomendada para que o procedimento flua sem complicações técnicas:

No sistema operacional Windows, você pode verificar o processador e a quantidade de memória RAM disponível clicando com o botão direito do mouse em Computador e selecionar a opção Propriedades.

Já em um Mac você acessa o menu da maçã, no canto superior esquerdo da tela, e clica em Sobre Este Mac. As informações básicas sobre o hardware do computador serão exibidas. Para saber mais detalhes, clique em Relatório do Sistema.

Obviamente, configurações mais robustas que as acima sugeridas proporcionarão melhor performance, ao passo que configurações inferiores provavelmente resultarão em problemas em alguma parte do processo.

Você deve ter percebido que não há a necessidade de nenhum supercomputador para a realização de uma transmissão ao vivo. Esse é um dos mitos que cairão por terra ao longo deste artigo.

#3 – Câmeras, placa de captura e mesa de corte

Câmera

Aqui entra uma questão de escolha e orçamento. Você pode realizar uma transmissão ao vivo com uma filmadora (handycam) ou até com uma webcam, com investimentos baixos. E é um grande mito a afirmação de que webcams fazem transmissões ruins! Muitos notebooks já saem de fábrica com câmeras HD. Alguns modelos de webcams externas são capazes de filmar em Full HD (1080p).

>>> Sugestões de modelos:

Mas, se você pretende fazer transmissões mais complexas do que um simples webinar e deseja recursos mais sofisticados, como ajuste de foco, zoom e íris, vale investir na compra de uma câmera profissional.

>>> Sugestões de modelos:

Entre handycams e câmeras profissionais, os valores desses modelos podem variar de R$ 1 mil a R$ 15 mil. Por isso, analise a sua necessidade, pesquise as funcionalidades de cada modelo e faça a escolha mais adequada.

>>> Independentemente de você ter optado por investir em uma filmadora ou em uma câmera mais robusta, tenha em mente esses dois pré-requisitos durante a escolha do modelo:

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: é totalmente possível fazer uma transmissão ao vivo a partir de uma câmera fotográfica DSLR, mas este equipamento limita o tempo de gravação a 40 minutos!

Já com uma GoPro, a limitação de tempo está diretamente relacionada com a memória do cartão SD. De acordo com o site da marca, com um cartão de 32GB, filmando em HD (720p), você alcança mais de 4 horas de filmagem.

Placa de captura de vídeo

A placa de captura de vídeo é simplesmente indispensável para a realização de uma transmissão ao vivo.

Tecnicamente falando, ela é a parte do hardware que converte o sinal bruto que vem da câmera para o formato h.264, o atual padrão global para vídeo digital. A imagem convertida em formato digital é enviada para o computador, onde acontece o processo que origina a transmissão ao vivo.

Cuidados na hora da escolha

Durante suas pesquisas, é provável que a melhor relação custo X benefício encontrada seja relativa a alguma placa de captura direcionada para gamers (jogadores de videogames), os quais gravam suas partidas e as transmitem via  YouTube ou Twitch.tv, por exemplo.

Cuidado! Esteja atento para esse pré-requisito:

>>> A placa de captura PRECISA entregar o sinal da sua câmera no formato h.264 para o seu computador!

Dentro desse pré-requisito ainda vem a preocupação com a qualidade da transmissão. Se você pretende realizar um evento de alta qualidade, é preciso ter à disposição uma placa com conexões que suportam formatos de alta definição, como o HDMI e SDI.

Sugestão

Para não ter erro, procure a marca Blackmagic Design, especializada em hardwares de primeira linha para o audiovisual. Considerando que estamos falando de equipamento profissional, os preços são relativamente acessíveis. Analise as suas necessidades e o seu orçamento e faça a escolha do modelo mais adequado.

Além da Blackmagic, recomendamos a Pinnacle Dazzle – que conecta via USB no computador e recebe apenas os sinais Vídeo Composto (RCA) e S-Vídeo – e o Pinnacle Studio Movie Box.

Não tente isso em casa!

Nem pense em  ligar uma câmera com saída HDMI direto na entrada HDMI do seu computador!

Entenda: a “entrada” HDMI do seu computador é, na verdade, uma saída HDMI. Logo, ela foi feita para você mandar o sinal do seu computador para outro monitor, e não para receber um sinal de câmera de vídeo. Essa incompatibilidade pode acabar queimando algum dos seus equipamentos. Nem pensar, né?

Mesa de corte

Se você pretende fazer a transmissão ao vivo utilizando mais de uma câmera, não há como evitar a utilização de uma mesa de corte, também conhecida como switcher ou mixer de vídeo.

A mesa de corte serve para escolher em qual câmera, ou, mais especificamente, qual tomada será usada para a transmissão ao vivo. É nela que a alternância entre as câmeras, os efeitos, os cortes e os áudios são gerenciados.

Além dos equipamentos físicos, há os softwares que desempenham a função da mesa de corte. Sugerimos alguns modelos:

Importante!

A utilização da mesa de corte – seja física ou virtual – não dispensa a presença da placa de captura de vídeo, devido à necessidade do envio do sinal para o encoder (software de encoding), o qual analisaremos no próximo tópico.

#4 – Encoder (programa para realizar a transmissão ao vivo)

O encoder é o software que transforma o sinal bruto, oriundo da câmera, em um formato viável para a transmissão na internet.

Para que o sinal da câmera chegue ao encoder, é necessária a presença da placa de captura, sobre a qual tratamos no tópico anterior.

Colocando os acontecimentos em sequência, fica assim:

Importante!

Caso você queira fazer uma transmissão com mais de uma câmera, e opte por utilizar uma mesa de corte virtual (também citada anteriormente), é bem provável que o encoder já esteja integrado. Certifique-se disso.

>>> Os principais encoders usados para a transmissão ao vivo são:

De modo geral, tanto o FMLE quanto o OBS dão conta do serviço. Sem precisar gastar nada.

>>> Você pode obter gratuitamente o FMLE aqui.

>>> Você pode obter gratuitamente o OBS aqui.

DICA: O OBS, que, como o nome indica, é um software de código aberto, oferece recursos muito atrativos:

Então é isso. Sem o encoder, os sinais emitidos pela câmera simplesmente não casam com a transmissão ao vivo via web. Imagine você gerando conteúdos incríveis, mas estando incapaz de mostrá-los ao seu público. Ao refletir sobre essa situação, você entende a importância do encoder.

#5 – Link de Internet (upload)

Agora é hora de focarmos em um fator determinante para a qualidade da experiência do usuário que assiste à sua transmissão: o link de internet – mais especificamente, a velocidade de upload.

Antes de tudo, precisamos entender que há dois tipos de banda de internet:

O ideal é ter disponível para a transmissão um link dedicado e estável de upload.

Na prática: o recomendado é poder contar sempre com o dobro da velocidade utilizada na transmissão.

Exemplo: para uma transmissão em 720p é utilizado cerca de 2.5 MB; logo, o recomendado é ter disponíveis 5 MB de link de upload.

Está com dúvidas quanto à velocidade da sua conexão? Faça o Speedtest.  Ele mede tanto a velocidade de download quanto de upload em tempo real, e é gratuito.

Importante!

O link de internet utilizado para uma transmissão ao vivo precisa estar conectado via cabo de rede (ou cabo ethernet, aquele azul ou amarelo que tem conexões transparentes nas extremidades).

Não faça a transmissão pelo WI-FI!

As taxas de transferência de dados são muito menores, ao passo que a instabilidade do sinal é exponencialmente maior. Grande também é o risco de sofrer interferência de outros aparelhos eletrônicos ou de ser obstaculizado por paredes grossas.

Ou seja, o WI-FI atrai inconsistências nada recomendáveis para a saúde da sua transmissão. Fuja dele!

Outra coisa: libere totalmente a rede para a transmissão! De nada adianta ter a velocidade e o cabeamento adequado se inúmeras pessoas estão usando a rede via WI-FI.

Dica final, para não ter erro

Se você está inseguro quanto à qualidade da sua conexão, e não pode se dar o luxo de correr riscos durante a transmissão, não deixe de contratar um link de internet dedicado. Existem inúmeras opções de planos disponíveis no mercado. Certamente, alguma operadora tem o negócio certo para você.

#6 – Serviço de transmissão ao vivo (CDN profissional, Facebook, Youtube)

Como vimos anteriormente, é o encoder que transforma o sinal bruto da câmera em algo “palatável” para o serviço de transmissão. O código gerado se chama embed, e ele deve ser colocado na plataforma onde será realizada a transmissão, seja ela o seu site, blog ou a sua fanpage no Facebook, entre outras redes sociais.

Dica: alguns serviços de transmissão ao vivo, a exemplo da K2.Live, dispõem de botões de compartilhamento em redes sociais. Essa funcionalidade aumenta exponencialmente o alcance do seu conteúdo.

Importante!

O computador de onde parte a transmissão precisa estar livre de restrições do Firewall que impeçam a conexão com o Flash Media Server. Isso simplesmente impossibilita a transmissão. Sendo assim, é preciso liberar as configurações de domínio e IP na rede e no computador.

Complicou? Não se preocupe. Entre em contato conosco. Vamos descomplicar isso para você.

Serviço profissional X plataformas gratuitas de redes sociais

Essa é uma dúvida que assola muita gente. “Por que pagar, se consigo o mesmo de forma gratuita?”.

Bem, em primeiro lugar, definitivamente não é “o mesmo”.

Mas um formato não anula o outro. Ao contrário: eles podem até se complementarem. O que define a melhor opção é a sua intenção com o conteúdo.

Se a sua transmissão não requer um tom profissional, que enalteça e proteja a sua marca, as redes sociais dão conta do recado. Afinal, o seu poder de alcance é inquestionável.

Mas a gratuidade cobra o seu preço através de limitações que, dependendo do seu projeto, podem ser inaceitáveis.

Para começar, se você precisa controlar o acesso à transmissão (a exemplo de treinamentos empresariais ou cursos on-line pagos), esqueça as redes sociais.

Outra coisa: se o seu negócio tem a comunicação visual forte e bem definida, sentirá falta da personalização do layout da transmissão, pois ela ficará com cara de tudo (Facebook, YouTube, Twitter, IGTV), menos da sua marca em si.

Aí vem a pior parte: esqueça a esperança de ter controle técnico sobre a transmissão. Leia-se quedas de sinal, buffering (carregamento da página) e outros empecilhos corriqueiros que simplesmente destroem a experiência do usuário. Na atualidade, isso é letal para um negócio, pois o visitante frustrado provavelmente nunca mais irá visitá-lo, em nenhum dos seus endereços.

Para fechar o cenário sombrio, você precisa saber que, se houver falha técnica durante a transmissão em uma rede social, não há a quem recorrer. Sem suporte técnico, sem central de chamadas… Nada.

Como se resolve esse monte de problemas?

A contratação de um serviço profissional de transmissão ao vivo soluciona todos os pontos fracos das redes sociais.

O controle do acesso ao conteúdo transmitido é feito através do uso de senhas e restrições de IP, entre outras formas.

As interrupções de sinal são evitadas a partir do uso de uma CDN (Content Delivery Network – Rede de Entrega de Conteúdo), que, em resumo, tem o objetivo de fazer a entrega com qualidade, em qualquer parte do planeta, sem risco de cair, independente da quantidade de pessoas conectadas.

Além disso, a CDN apresenta uma série de vantagens interessantes, como a otimização do conteúdo para mobile, proteção contra ataques virtuais e relatórios completos com a análise dos dados da sua transmissão.

A K2.Live usa a CDN da Akamai, que é a maior rede de distribuição do mundo, responsável por servir entre 15% e 30% de todo o tráfego da web.

Outro fator definitivo é o suporte técnico, o qual testa o processo antes da transmissão e o acompanha durante a realização, o que lhe dá a segurança necessária você se focar no evento em si.

Conclusão

Enfim, a moral é a seguinte: fazer uma transmissão ao vivo é mais simples e viável do que a opinião pública costuma sentenciar, mas também não é brinquedo. Se você se preocupa com a forma com que o seu negócio vai ser percebido, há pontos de alerta a ser cuidados.

Esperamos que você extraia bastante proveito deste material. Fica aqui o convite para seguir em contato conosco, estabelecendo um diálogo que qualifique a sua entrada no mundo das transmissões ao vivo.