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Tendências tecnológicas para o streaming de vídeo e a experiência do usuário

Tendências tecnológicas para o streaming de vídeo e a experiência do usuário

As impressionantes TV Walls no CES 2018. Imagem de Jae C. Hong/AP/REX/Shutterstock.

Agora que a Internet é a estação de TV favorita de boa parte da população mundial, os provedores de conteúdo e os fabricantes de dispositivos estão imbuídos da missão de atender os desejos dos consumidores por mais qualidade e variedade no streaming de vídeo.

Isso ficou bastante claro no CES 2018, evento que centraliza os principais negócios para consumidores de tecnologia. Os maiores fabricantes de dispositivos de streaming se encontraram com pesos pesados do entretenimento e da Internet, como Time Warner e Verizon, e os fabricantes de TVs competiram pelas exibições dos produtos mais inteligentes e mais conectados.

Para os cord cutters (“cortadores de cabos”: aqueles que abdicaram da TV e seu uso tradicional em prol do computador ou dispositivos móveis e o consumo de vídeos via internet de banda larga), as multidões na feira global de tecnologia produziram as seguintes visões para o futuro:

TVs otimizadas para o streaming de vídeo e a experiência do usuário

As novas TVs exibidas no CES prometem aplicativos on-board mais inteligentes e melhores guias para facilitar a busca de programação que você deseja assistir. As mais recentes TVs da Samsung incorporarão seu assistente digital artificial Bixby, para o qual você poderá pedir para encontrar filmes, além de um novo guia de programação universal que aprenda suas preferências de visualização.

Para quem ainda não está pensando em comprar uma TV nova, o Channel Master mostrou uma pequena antena interna (SMARTenna) que simplifica o processo de sintonia e, quando conectada ao seu novo dispositivo de transmissão Stream +, adicionará os sinais de TV recebidos ao guia de programação.

Fale com a TV

Os fabricantes de TVs e de dispositivos de mídia para streaming melhorarão seus produtos para manter seus públicos por perto. A maioria dos players de streaming permitirão que você use sua voz para encontrar algum conteúdo, e a inteligência artificial se tornará ainda mais eficiente para ajudá-lo a escolher o que assistir.

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A Roku já permite que você use a sua voz, mas está desenvolvendo uma inteligência artificial ativada por voz para ajudar a tornar a plataforma de streaming mais fácil de manusear, além de capacitar os consumidores a adicionar alto-falantes às TVs da marca, por exemplo.

“Esperamos que a voz se torne cada vez mais uma interface, à medida que os consumidores se envolvem com o entretenimento tanto com falantes quanto com TVs em suas casas”, disse Mark Ely, vice-presidente da Roku para gerenciamento de produtos para residências.

Tendências

Os serviços futuros terão muito mais personalidade, com um desenvolvimento projetado para encantar assinantes e aumentar sua devoção. A inteligência artificial e o machine learning (aprendizado de máquina) permitirão essa evolução, e uma mistura de tecnologia com a curadoria humana pode emergir desta relação.

“A Netflix serve um ótimo conteúdo, realmente. Mas há algo vazio, sem alma, ao mesmo tempo”, diz Richard Steiner, vice-presidente sênior de produtos e serviços digitais da Turner Classic Movies (TCM) e FilmStruck, seu serviço de filmes por assinatura. “Eu acho que haverá algumas coisas interessantes para acontecer no lado da ciência”.

Os serviços de streaming da Netflix, Amazon, Hulu e outros já evoluíram bastante, juntamente com a conectividade de Internet de banda larga de alta velocidade, para oferecer uma programação confiável – exceto por problemas em casos isolados, como um episódio de estreia de temporada de Game of Thrones, por exemplo.

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Assinantes adeptos das maratonas de séries (binge watchers) agora exigem o consumo constante de sucessos como The Handmaid’s Tale (Hulu), Mindhunter (Netflix) e Transparent (Amazon). Essa demanda se traduz em grandes públicos para o conteúdo de streaming, e está aumentando rapidamente.

Líder da indústria, a Netflix continua a ser o grande nome do streaming pago, tendo alcançado a impressionante marca de 115 milhões de assinantes em todo o mundo. A Amazon não divulga seus números de vídeo, mas a empresa de pesquisa de investimentos Morningstar estimou que existam 79 milhões de assinantes do Amazon Prime, incluindo os envios gratuitos de mercadorias e streaming gratuito de episódios de TV e filmes.

Os fabricantes de TV e as empresas de mídia de streaming continuam atualizando seus métodos e recursos de vídeo da Internet, tudo para satisfazer aqueles que abandonam ou evitam a tradicional assinatura de TV a cabo.

“É um ciclo virtuoso”, disse Paul Verna, analista sênior da firma de pesquisa eMarketer. “É realmente uma combinação de conteúdo, tecnologia e comportamento do consumidor”.

Conteúdo de streaming de vídeo já é mais premiado que o tradicional

Na mais recente edição do Globo de Ouro, evento que premia os destaques do cinema e da televisão, um fato entrou para a história: a soma das séries oriundas das plataformas de streaming alcançou mais prêmios do que as produções da TV linear (por assinatura ou aberta).

Cinco dos seis globos de ouro relativos à categoria foram abocanhados pelas plataformas de Subscription Video On Demand (SVOD – vídeo sob demanda por assinatura).

“The Handmaid’s Tail”, da Hulu, ganhou as estatuetas de Melhor Série – Drama e Melhor Atriz de Série – Drama, para Elisabeth Moss. A Hulu nunca havia ganhado uma estatueta.

Nessa conta entra a Amazon, com os prêmios para Melhor Série de Comédia (The Marvelous Mrs. Maisel) e Melhor Atriz de Série – Musical ou Comédia, para a protagonista Rachel Brosnahan.

Fechando o pacote, o globo de ouro para Melhor Ator de Série – Musical ou Comédia foi entregue a Aziz Ansari, por sua performance na série “Master of None”, original da Netflix.

Para os canais abertos, sobrou somente o prêmio de Melhor Ator de Série – Drama para Sterling K. Brown, de “This Is Us”, exibido pela NBC. Detalhe: Sterling K. Brown é o primeiro afro-americano a ganhar a estatueta de melhor ator em série dramática desde o início do Globo de Ouro, em 1944.