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Serviços de streaming: o que são, como funcionam e qual é o tamanho desse mercado no Brasil

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Sua vida está cercada por serviços de streaming. Quer ver?

▶ Diga-me se você não assina pelo menos um desses serviços de streaming de vídeo: Netflix, Amazon Prime Video, Disney+, Apple TV, HBO GO, Telecine Play, Globo Play ou até o YouTube Premium.

▶ E quanto à música? Por acaso tem uma assinatura do Spotify, Deezer, Tidal ou YouTube Music Premium?

O apelo dos serviços de streaming  é convincente. No caso do streaming para TV, o negócio é centralizar a experiência de consumir conteúdos audiovisuais no conforto do lar. Especialmente agora, quando o isolamento social é questão de sobrevivência (enquanto isso, os cinemas pagam uma parte dessa conta 😭).

Secundariamente, as assinaturas desses serviços também exploram a agilidade e a praticidade de poder consumir esses conteúdos nos dispositivos móveis. Mesmo em deslocamento, ainda é possível assistir às séries e filmes prediletos. Muita gente não abre mão desse privilégio.

A fórmula é atrativa: seja pagando por uma assinatura mensal ou pelo acesso a um conteúdo específico, os usuários desfrutam dos serviços de streaming como um variado buffet livre, onde há fartura de opções que podem ser consumidas na plataforma de preferência (smart TV, tablet, notebook / desktop, smartphone) e na hora que bem entenderem.

Por que assinar serviços de streaming?

Com o isolamento social imposto pela COVID-19, ter acesso ao entretenimento em casa tornou-se mais importante do que nunca. Ao sentar para assistir à série favorita ou a um bom filme, as pessoas estão abrindo suas válvulas de escape, aliviando as tensões de forma segura, dentro das quatro paredes.

Sabendo disso, os principais players desse mercado estão investindo pesado em produções próprias e na renovação dos seus acervos, a ponto de complicar o processo de escolha dos seus assinantes, devido à imensa quantidade de títulos disponíveis.

E não bastando a diversidade de conteúdos disponíveis em apenas um serviço, há também a variedade de serviços no mercado para os assinantes brasileiros… 😧

O site Canaltech elaborou uma lista de 10 serviços de streaming alternativos aos nomes já citados nesse artigo.

Ok, falamos sobre as vantagens e o porquê de assinar um serviço de streaming. Mas você não tem curiosidade sobre o que acontece nos bastidores dessas plataformas para que os conteúdos cheguem ao seu dispositivo? 🤔

Como funcionam os serviços de streaming?

O streaming envolve a reprodução de um arquivo de áudio ou vídeo em uma conexão com a internet, seja usando um navegador da web ou um aplicativo, em uma ampla variedade de dispositivos.

Isso pode incluir smartphones e tablets Android e Apple, além de notebooks, smart TVs, consoles de jogos e dispositivos de TV na internet, como Apple TV e Google Chromecast.

Na prática, funciona assim: quando o usuário executa o player para um streaming de vídeo ou de áudio, inicia-se a um processo de transferência de pedaços do arquivo, no qual é baixada uma pequena parte e o conteúdo é imediatamente iniciado. O servidor continuará a enviar todo o resto do arquivo enquanto o usuário assiste / ouve, de modo que ele não precise esperar o término da transferência para que possa começar a assistir / ouvir.

Enquanto começa a executar o arquivo, o player continua a coletar pacotes de reserva. Isto indica que, mesmo que ocorram pequenos atrasos na obtenção de pacotes, o conteúdo será visualizado/ouvido de forma contínua, ao invés de um pouco de cada vez.

Sendo assim, tudo o que você consome de vídeo ou música online é streaming. Todo o conteúdo multimídia que possa ser visto ou ouvido sem precisar fazer download e que possa ser consumido durante o seu carregamento é streaming.

É importante entender isso: streaming não é download.

O streaming é o conteúdo comprimido enviado pela internet para a exibição ao usuário final. Ele é diferente do download: no download, todo o arquivo deve ser recebido antes de poder ser visualizado / ouvido; no streaming, o conteúdo é visto / ouvido enquanto é recebido.

A grande vantagem do streaming de vídeo em relação ao download é que, no primeiro, o usuário pode ter acesso a uma biblioteca de conteúdo – pronta para ser transmitida para o dispositivo – muito maior do que a quantidade que poderia ser armazenada localmente com downloads.

De qualquer forma, alguns serviços como Amazon Prime Video, Apple TV, Disney+, Netflix e Now TV permitem que você baixe alguns programas de TV e filmes em seu dispositivo para assistir mesmo sem uma conexão com a internet. É um ótimo recurso para aproveitar o conteúdo quando você estiver offline.

No caso do streaming de vídeo, como ele precisa ser enviado, a desvantagem é a necessidade de largura de banda de dados (e quanto maior a resolução / tamanho dos arquivos, mais dados são consumidos).

E é sobre isso que falaremos agora.

Qual é a velocidade da internet necessária para o streaming de vídeo online?

Mesmo com uma velocidade de banda larga fraca, é possível assistir a um streaming de vídeo. No entanto, a qualidade do vídeo assistido não vai ser a mais adequada.

De acordo com o site da Wich, é aconselhável que você tenha pelo menos 1 Mbps (megabits por segundo) de banda larga se estiver recebendo conteúdo em definição padrão (SD). Se quiser assistir em alta definição (HD), você precisará de uma conexão mais rápida, de pelo menos 5 Mbps, para desfrutar da melhor qualidade de vídeo.

Alguns serviços, como Disney+ e Netflix, agora oferecem conteúdo para transmissão em qualidade 4K Ultra HD, dando a você quatro vezes mais detalhes do que o HD normal. Para isso, no entanto, você pode precisar de banda larga de pelo menos 15 Mbps.

A maioria dos serviços de vídeo sob demanda usa a tecnologia de ‘streaming adaptável’, a qual detecta a velocidade da sua banda larga e ajusta automaticamente a qualidade do vídeo para que você não seja atingido pelo buffer (onde o vídeo congela e espera pelo carregamento do arquivo). A visualização de um vídeo pode começar em Full HD 1080p, mas se sua largura de banda estiver fraca, ele pode cair para uma qualidade inferior (720p HD ou mesmo SD) para continuar sendo reproduzido.

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Números dos serviços de streaming no Brasil

De acordo com o Canaltech, os serviços de streaming acumularam, em junho de 2020, 15% de participação de mercado, além de uma média de sete pontos no Ibope, tornando-se assim a segunda maior audiência do mercado de entretenimento brasileiro (perdendo apenas para a Globo, com 15 pontos no Ibope e 32,6% de participação no mercado).

Segundo o artigo do Canaltech, os pontos do Ibope foram considerados no período diário entre 7h à meia-noite, no qual 15 em cada 100 televisores estavam consumindo conteúdo por streaming. Sendo assim, os sete pontos de Ibope representaram 1,7 milhão de pessoas conectadas a esses serviços digitais (e os números podem ser ainda maiores, pois o estudo não contemplou o consumo através de celulares ou tablets).

Já a pesquisa da Opinion Box, realizada em 2020 em todas as regiões do país, apontou que 1 em cada 5 entrevistados começou a assinar um serviço de streaming nos 6 meses anteriores à realização do estudo. O número crescente de adesões às assinaturas impulsionaram a rápida e consistente expansão deste mercado.

Conclusão

Pode acreditar: o mercado do streaming de áudio / vídeo não retrocederá. No máximo poderá atingir um platô de crescimento, em virtude da hipotética ascensão de uma nova forma de entretenimento, mais alinhada às expectativas dos consumidores. Mas, até agora, nada parecido com isso despontou no horizonte.

Mesmo anteriormente à pandemia de COVID-19 – quando as pessoas se viram obrigadas a passar mais tempo em casa -, os serviços de streaming já haviam conquistado os corações dos usuários.

Ninguém quer ficar preso às grades de programação estática das TVs abertas ou a cabo. Ou ter que fazer downloads para ouvir músicas de seus artistas prediletos, sem precisar comprar as mídias físicas (CDs / vinis). Plataformas como o Spotify são uma porta aberta à produção musical de praticamente o mundo todo.

Agora vivemos o fenômeno da enxurrada de opões desses serviços. Ainda não sabemos quais serão os efeitos do atual cenário. A ideia da economia, alcançada pela troca da assinatura a cabo (mais cara) pela do streaming (mais barata) pode cair por terra, pois, se uma pessoa resolver assinar tudo o que vem pela frente, vai ter prejuízo nessa conta.

Os desdobramentos dessa história serão vistos em um futuro próximo. Por enquanto, o que nos resta é a diversão segura e a variedade de escolhas. 😍