Atualmente, perguntar para qualquer usuário da internet se já assistiu a um streaming de vídeo seria bastante redundante. Na verdade, parece que nos dias de hoje há uma inundação deles, já que estão integrados em praticamente todos os sites, e se tornaram tão intrusivos que os navegadores como o Google Chrome estão chegando a formas de silenciá-los. No entanto, o streaming é uma tecnologia útil, e pode ser o futuro das visualizações da televisão. Diante de tanta expressividade, é desejável que se entenda como funciona o streaming de vídeo.
A partir desta matéria, publicada no site DSL Reports, conseguimos entender a dinâmica do streaming, assim como suas vantagens e precariedades.
Streaming não é download
O streaming é o conteúdo de vídeo comprimido enviado pela internet para a exibição ao usuário final. Ele é diferente do download de vídeo: no download, todo o arquivo deve ser recebido antes de poder ser visualizado; no streaming, o conteúdo é visto enquanto é recebido.
A grande vantagem do streaming de vídeo em relação ao download é que, no primeiro, o usuário pode ter acesso a uma biblioteca de conteúdo – pronta para ser transmitida para o dispositivo – muito maior do que a quantidade que poderia ser armazenada localmente com downloads. No entanto, como o streaming de vídeo precisa ser enviado, a desvantagem é que ele exige largura de banda de dados (quanto maior a resolução, mais dados).
Em uma situação sem acesso a uma grande largura de banda de dados, como em um avião (esta situação está mudando lentamente com a implementação do Wi-Fi em voos), pode se tornar impossível assistir a uma transmissão de conteúdo de vídeo. E como qualquer usuário de smartphone sabe, o streaming de vídeo usa bastante vida útil da bateria do dispositivo.
Vamos olhar de perto o site de streaming de vídeo mais popular da internet, o YouTube, o qual permite que o conteúdo do usuário seja carregado em seus servidores. Quando um usuário solicita o vídeo, o YouTube decide qual a melhor qualidade de vídeo a ser transmitida para o usuário, dependendo do navegador. O YouTube envia vídeo via protocolo Flash Video, que é um arquivo “.flv”. À medida em que os dados são recebidos pelo usuário, o vídeo começará a ser reproduzido. Ao contrário do download de um arquivo, com o streaming de vídeo o conteúdo será reproduzido à medida que mais dados forem recebidos.
Força e fraqueza ao mesmo tempo
O benefício do streaming de vídeo, pelo qual o conteúdo pode ser reproduzido conforme está sendo recebido, também é o seu calcanhar de Aquiles. O streaming tende a ser bastante sensível à largura de banda e, com uma conexão de internet mais lenta, torna-se difícil receber e reproduzir o vídeo, especialmente com conteúdo de qualidade superior.
As estimativas variam, mas um consenso geral é que o streaming requer 3 Mbps para vídeo de definição padrão, 5 a 8 Mbps para 1080p e 25 Mbps para um streaming de vídeo de 4K. Além disso, enquanto o YouTube e similares dependem das velocidades de download, em um bate-papo de vídeo ao vivo, por exemplo, o usuário não só precisa baixar como também fazer o upload de seu stream, e a maioria das conexões de internet não são simétricas e têm velocidades mais baixas no lado do upload.
Congestionamentos e falta de largura de banda
Enquanto a transmissão de vídeo era nada mais do que uma novidade há uma década, hoje em dia o streaming é essencial, e as horas nobres de visualização de TV (20h às 23h) se transformaram nas horas de pico do Netflix e do congestionamento da internet, fato que expôs a falta de largura de banda para sustentar tamanho consumo. Não esqueça de que agora é comum entre as famílias ter vários usuários simultaneamente assistindo a vídeos, o que pode sobrecarregar a largura de banda da internet.
Quer saber se você tem largura de banda suficiente para fazer o streaming de um ou vários vídeos? É fácil de verificar. Use a ferramenta Stream Test. Simplesmente adicione uma combinação de vídeos de 720p, 1080p e / ou qualidade 4K, de vários provedores, e então será emitida uma estimativa sobre a largura de banda de download usada e se a conexão pode lidar com essa demanda.
Além disso, é importante estar ciente de que você não deve usar toda a largura de banda do download, pois há outros processos simultâneos que a requerem. Então, no que tange velocidades de banda larga na Internet, é sempre melhor ter a mais do que a menos.
Novo padrão de consumo de vídeos
Na última década, o streaming de vídeo passou de uma novidade para uma maneira comum de visualizar conteúdo. Na verdade, atualmente é o modo padrão de visualização de TV tanto para cord-cutters (“cortadores de fio”, aqueles que abdicaram da TV e seu uso tradicional em prol do computador ou dispositivos móveis e o consumo de vídeos via internet de banda larga) quanto para cord-nevers (aqueles que nunca tiveram TV por assinatura e, muitas vezes, nem TV).
Neste post você pode obter mais informações sobre a tendência do vídeo ocupar 100% da geração de conteúdos em um futuro próximo.
O que você acha disso tudo? O streaming substituirá por completo a TV tradicional, seja aberta ou a cabo? De modo geral, como são suas experiências de consumo de vídeos via streaming?
Convidamos você para discutir problemas, experiências e desafios com o streaming de vídeo nos comentários abaixo.